Observatório Vera C. Rubin com telescópio que busca o Planeta Invisível pode localizar o hipotético Planeta X.
O Observatório Vera C. Rubin, previsto para ser inaugurado em 2025 no norte do Chile, está no centro de uma missão revolucionária: rastrear o Planeta Invisível, também conhecido como Planeta X ou Planeta Nove. Estima-se que o planeta hipotético tenha uma massa 4,4 vezes maior que a da Terra e orbite cerca de 10 vezes mais distante do Sol do que Netuno.
A descoberta foi tema de um estudo aceito para publicação no The Astrophysical Journal, que analisou a posição de objetos transnetunianos (TNOs), corpos menores que orbitam além de Netuno. O estudo revelou um agrupamento nas órbitas desses objetos, indicando a possível influência gravitacional de um planeta ainda não identificado.
Como o Planeta X desafia estudos anteriores
De acordo com o astrofísico Amir Siraj, da Universidade de Princeton, o modelo do estudo apresenta características distintas das teorias anteriores. “Nosso trabalho prevê um Planeta X com uma órbita mais próxima, mais elíptica e com uma inclinação menor, além de uma massa inferior ao modelo de Batygin & Brown, publicado em 2016”, explicou Siraj.
O modelo desenvolvido por Siraj e sua equipe sugere uma maior probabilidade de que o Planeta X seja detectado pelo Observatório Rubin, graças às suas características orbitais específicas.
O papel do Observatório Vera C. Rubin
O Observatório Vera C. Rubin será equipado com o Telescópio de Pesquisa Simonyi, uma estrutura de 8,4 metros e uma câmera astronômica de 3.200 megapixels, projetada para o Legacy Survey of Space and Time. O projeto, avaliado em US$ 1,9 bilhão, tem como meta mapear até 40 bilhões de objetos celestes e desvendar mistérios como matéria escura, energia escura e eventos cósmicos transitórios.
A ampla capacidade de rastreamento do Rubin permitirá observar e mapear o céu visível em tempo real, gerando alertas em até 120 segundos para eventos como supernovas, asteroides perigosos e, possivelmente, o Planeta X.
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Será que o Planeta X existe?
Embora ainda não tenha sido observado diretamente, o Planeta X poderia explicar agrupamentos orbitais incomuns de TNOs. “O Rubin tem uma excelente chance de detectar o Planeta X, se ele realmente existir”, destacou Siraj. Sua detecção marcaria um avanço significativo para a astronomia e ampliaria o entendimento do sistema solar.
O impacto na astronomia moderna
Além de buscar o Planeta X, o Observatório Rubin redefinirá a astronomia com suas imagens dinâmicas e dados em tempo real. Suas descobertas devem influenciar pesquisas sobre asteroides, galáxias e supernovas, consolidando o Rubin como uma peça-chave na exploração do universo até 2038.