Starlink é autorizada a oferecer sinal de celular nos EUA

FCC aprova tecnologia D2D da Starlink em parceria com a T-Mobile.

 

A Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk, recebeu autorização da FCC (Federal Communications Commission) para fornecer sinal de celular nos Estados Unidos. O serviço, chamado de Direct-to-Device (D2D), será realizado em parceria com a operadora americana T-Mobile.

O aval da FCC era aguardado desde 2022, quando a Starlink anunciou o acordo com a T-Mobile. Inicialmente, a expectativa era que a aprovação ocorresse em 2023, mas só foi oficializada em novembro de 2024. A tecnologia permite que satélites em baixa órbita emitam sinal 4G para celulares convencionais, oferecendo conectividade em áreas sem cobertura terrestre.

 

Como funciona o serviço de celular da Starlink

O serviço D2D utiliza cerca de 2,6 mil satélites da Starlink, equipados com antenas LTE, a mesma tecnologia usada em redes móveis tradicionais. O funcionamento é simples: basta ter visada direta para o céu para se conectar à rede.

No entanto, a Starlink não atua como operadora de celular direta. Em vez disso, fornece conectividade para operadoras parceiras, que distribuem o serviço aos consumidores. Nos Estados Unidos, o parceiro é a T-Mobile, mas a Starlink já firmou contratos com empresas em outros países, como Optus (Austrália), Rogers (Canadá) e Entel (Chile e Peru).

 

Serviço testado em emergências na Flórida e Carolina do Norte

Antes da aprovação definitiva, o serviço D2D foi testado em situações de emergência. Durante o furacão Milton, a FCC concedeu uma licença temporária para uso da tecnologia na Flórida e na Carolina do Norte. O serviço permitiu a emissão de 120 alertas de emergência e facilitou o envio de mais de 100 mil mensagens SMS.

 

O que esperar do serviço de celular da Starlink?

Atualmente, o sinal de celular da Starlink é limitado a mensagens de texto. No entanto, a empresa planeja expandir o serviço para chamadas de voz, uso de dados e conectividade com dispositivos de Internet das Coisas (IoT), permitindo aplicações em áreas remotas, incluindo ambientes marítimos.

Para funcionar, o celular precisa ter um modem LTE compatível com o release 10 da 3GPP e operar nas frequências utilizadas pela Starlink. Não é necessário nenhum acessório adicional.

 

Iniciativas no Brasil e desafios da tecnologia D2D

No Brasil, a Anatel autorizou testes experimentais com a tecnologia D2D em São Luís (MA), entre maio e junho de 2024. Os testes utilizaram frequências já adotadas pela telefonia móvel terrestre, em parceria com a AST SpaceMobile, Claro e TIM.

Apesar disso, a Anatel se mostrou insatisfeita com o avanço lento de iniciativas no país, devido à falta de parcerias concretas entre operadoras móveis e empresas de satélite. No entanto, a tecnologia D2D promete ser uma solução viável para áreas remotas e regiões sem cobertura terrestre.

 

fonte: Tecnoblog

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